sábado, 9 de abril de 2011

not home.not seems like.

há algo que ela não consegue ver,
mas sabe.
algo que encomoda,que tranca e puxa pra baixo.
eu quero esquecer isso,
quero esquecer com o vinho barato,
olhos fechados e consciencia variando.
não quero ser a moça sempre ciente,estou cansada disso
cansada de ser real demais,
de ser tangivel demais.
quero ser eterea,brincar e rir das situações,
como antigamente.
não quero me preocupar se dói,
em mim ou nele.
eu consigo ficar tonta e olhar do mesmo jeito,mas você não responde da maneira esperada
e não sabe brincar da minha brincadeira de machucar e esquecer.
você me deixa louca.
você me deixa triste,porque é exatamente como os outros.
me parece tão agora,o momento que descobri que tu é igual,que há uma parte tão igual!
é duro,é sei lá. não me entendi nem te entendi ainda.
não sei se consigo ver outra coisa na minha frente,pq isso é gritante,
me tranca em mim mesma,como forma de proteção.
e já nem sei mais se quero me proteger,
quero cair de uma altura bem alta,se é pra cair.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

+- sobre um ano atrás.


Fecho os olhos,não sei direito como aconteceu.
o toque é totalmente diferente,quase etéreo,
e talvez por isso mesmo eu esteja sentindo mais.
não é só a pele que ela tá tocando,ela acabou encontrando minha essência que delira,escondida e distorcida há tanto tempo!
Eu sei que estava afudando,
afundando em coisas pesadas,que me arrancavam
do meu caminho,
em um relacionamento que me deixava cega,
destruindo e se apoderando de tudo que jurei
nunca deixar homem algum fazer.
mas eu não via.
Antes de ir embora da facilidade das minhas férias,
a conheci em uma noite.
o sorriso largo,os olhos que brilhavam e os cabelos compridos,tanto e mais que os meus.
e era dia dos namorados.
Não lembro de esperar,depois de todo aquele tempo aqui,ainda encontrar
alguém de ijui,
alguma amiga que me fizesse sentir confortável,
que me lembrasse de todas
as coisas boas que sumiram da minha vida,
mas ela veio,quase sem aviso,
cheia de coragem e decisão,indo onde ela não tinha estado antes,
coisas que eu só fiz sendo obrigada.
Sentou comigo no festival,
com sol,com água,
musica e um pouco de irresponsabilidade.
me trouxe fluxo interior coerente,
quando eu já não sabia mais o que fazer,
o que ser,
pra onde fugir ou quem abraçar.
Não acho que ela teve consciencia do
que fez por mim,
da força que ela me deu,
do que me fez acreditar denovo,
de toda a cura que ela me ajudou
a terminar,
que senti nela uma das irmãs que tive
há tanto tempo,em tantas vidas
que dançavam em circulos e sentavam ao longo da mesa,na visão de uma tarde perdida no tempo.
que não me deixa cair,completa e sustenta energia
ligação com a Mãe,
entendimento além de palavras,até mesmo
de estar ou não presente fisicamente.
Lembro de nos sentarmos de frente
uma pra outra,
era quase tangivel os laços que
saiam e nos ligavam,
era denso,
fiquei assustada pq realmente vi
a energia,pq senti no meu peito
e pq vi outro rosto no rosto dela,
tive quase certeza que eu era outra também
lembro claramente de pensar
''meu deus,to apaixonada!''
e logo depois me dar conta
que não era isso,
que fazia tanto tempo que não amava
ninguem sem todas as ''mascaras''
tinha deixado tudo cair,estava vendo
e sendo vista,era tudo real,
há quanto tempo eu não era real com alguém?
me perdi em jogos,me perdi de mim mesma.
quando ela foi embora,senti e não senti a falta dela,
era como se ela não tivesse ido.
todas as  nossas conversas,
ela conhece magia,
não sei,minha Mãe,como o que ela
trouxe ficou tão aqui dentro,
que consegui me mover,
que continua aqui,
me lembrando que eu não sinto tudo
o que eu sinto sozinha,
que há distancia,
mas tb há conexão
que quando é preciso,
as energias se tocam,
e o universo conspira.
espero que de alguma forma,
eu não a perca,
como todas as outras almas que eu vi,e escaparam,
mudaram,
não sei.
sei que a energia
volta,
e se tem algo de todo
o coração e alma que desejo
é retribuir,estar aqui
se ela precisar.
não quero perder mais uma alma antiga,de perder eu já sei demais.